quinta-feira, 18 de julho de 2013

Caos Urbano T01C12

FLAGRANTE

Nas últimas semanas, o trabalho no Instituto de Criminalística teve um aumento considerável, mas mesmo estando no meio de um caso importante, a perita criminal Ana Elisa decidiu sair um pouco para se divertir à noite. Era meia noite quando saiu da balada em que foi. Estava sozinha, mas a rua ainda tinha muita gente então decidiu ir andando até o ponto de táxi.
A uma quadra de seu destino, um carro parou ao seu lado e ao mesmo tempo, um homem avançou nela e lhe cobriu a boca com um pano com clorofórmio. Inconsciente, ela foi colocada dentro do veículo, que arrancou em seguida.

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― Já conseguiu falar com ela? – Raquel perguntou assim que chegou no Instituto.
― Em casa ninguém atende e o celular só dá fora de área. – explicou Mateus, que fora o primeiro a chegar ali e, junto com o plantonista, estava tentando contactar a perita sumida.
― Já sei! Redes sociais. Veja se tem alguma informação. – a detetive disse no momento em que Jorge chegou.
― Alguma notícia? – ele perguntou e recebeu um aceno negativo de cabeça da parceira.
― Aqui está. – Mateus disse e começou a ler. – “#partiu #balada #holdem”. Ela postou isso há duas horas.
― Por que tem esses ‘jogo da velha’ antes de cada palavra? – Jorge quis saber.
― Isso são hashtags, está na moda hoje. – Raquel explicou e se voltou para o perito. – Veja as câmeras do local e localize-a. Eu e o Jorge vamos indo de carro até lá. Ficaremos em contato pelo celular. – disse e saiu.
A rua estava cheia, tanto de carro quanto de pessoas. Havia baladas e barzinhos dos dois lados. A Hold’em Country ficava bem no começo, logo após a mudança de nome da rua, de Avenida do Batel para Rua Bispo Dom José. Pararam em uma lateral e desceram.
― Onde ela está? – a detetive perguntou ao telefone.
― Não está na Hold’em mais. Estou a dez minutos tentando acessar o satélite da rua, mas está demorando. – Mateus respondeu e continuou. – Espera, deu certo. Muito bem, a Ana está... Oh! Ela saiu há cinco minutos. Vocês não devem estar longe dela.
― Para onde ela foi? Não consegue ver ela agora? – Raquel estava começando a ficar nervosa.
― Estou tentando. – o perito disse enquanto os detetives avançavam rua acima. – Oh-oh! Alguém chegou antes da gente. Pegando a placa do carro e enviando coordenadas da rota. – Mateus disse.
― Obrigada, Mateus. Nós vamos segui-lo daqui e você chama os reforços daí. – ela disse, desligou e voltou para o carro.


― Tudo pronto, Benck? – Terom perguntou.
― Sim, Dr. – o pirata respondeu.
― Então, vamos começar. – o médico disse e pegou uma seringa. – Sabe o que é isso, minha querida? – perguntou para a morena que estava deitada e amarrada em uma mesa.
― Eutanásia. – Ana respondeu e lágrimas saíram de seus olhos.
― Muito bem, por isso escolhi você para a cabeça. É muito inteligente. – Terom disse e se aproximou da perita.
― É impossível trazer os mortos de volta à vida. E mesmo que não fosse, você não teria sua mulher de volta, seria alguém totalmente diferente. – Ana comentou enquanto ele apertava o braço dela com uma faixa para deixar as veias mais visíveis.
― Dr., eles estão aqui. – Benck avisou.
― Droga, achei que teria mais tempo. Onde? – Terom perguntou.
― Acabaram de ultrapassar o portão. Estão cercando a casa agora. – o pirata disse. – Tem muitos deles. Foi uma honra servir com o senhor, Dr.
― Não! Não cheguei tão longe para falhar agora. – o médico reclamou. – Usaremos a saída de emergência. Assim que eu terminar aqui. – ele disse e a ponta da agulha tocou a pele da morena amarrada.
― NÃÃÃÃOOOOOOOOOOO! – ela gritou e nesse instante a porta foi arrombada e a Detetive Raquel surgiu liderando o grupo de policiais militares da equipe tática.
Ao ver a cena, ela não pensou duas vezes, atirou no braço direito do médico, fazendo-o largar a seringa. Em seguida, deu outro tiro no peito, acima do coração. A detetive morena foi socorrer a amiga perita, enquanto seu parceiro prendia Benck pela segunda vez em uma semana. Terom foi levado pelos policiais para atendimento médico.

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