segunda-feira, 10 de junho de 2013

A Arte De Roubar T03C07

O ESPERADO MOMENTO

Desde a noite anterior, Léo e Luana estavam querendo conversar sobre o que aconteceu, mas Lopes estava demorando para ir tomar seu café. E quando o chefe saiu, surgiu um monte de serviço para fazer. Pedidos e mais pedidos de processos, encheu mais de duas páginas da tela.
― Essa Kethlly, hein. Como pede essa guria. – Léo comentou.
― Nem fale. – Luana adicionou.
Eles tinham um combinado, em que um começava a pegar os PTs a partir da caixa de maior número e o outro na de menor número. Por fim, se encontrariam no meio. E quando aconteceu, eles não conseguiram segurar a tensão que os dominava e deram um longo beijo apaixonado.
Naquele momento nada mais importava, os PTs, os pedidos, os trabalhos, nada. Eles poderiam ficar daquele jeito eternamente, mas foram interrompidos pela alta voz de Lopes.
― Caramba! Quanto PT essa Kethlly está pedindo. – ele gritou.
Os dois terceirizados se separaram e pegaram os processos que já haviam recolhido e levaram para suas mesas para conferir. Assim que eles terminaram, Léo decidiu perguntar algo que há muito queria saber.
― Lopes, quando de dinheiro tem no cofre do banco?
― Olha, eu não sei. No mínimo, bastante. – ele disse e riu. – E agora deve ter mais ainda. Acabou de chegar um grande carregamento. – o servidor informou.
Léo não disse mais nada, esperou alguns segundos e saiu dizendo que ia ao banheiro. Fora do arquivo, ele desceu as escadas e ao chegar no térreo, esbarrou em um dos funcionários da transportadora. Facada pediu desculpas e quando foi descer para o subsolo pegar mais sacos de dinheiro, viu uma mulher vindo em direção ao térreo.
Morena, estatura média, sardas no rosto, olhos azuis. Marquieli parou em frente ao rapaz, que estava quase babando.
― Você é da transportadora, não é? – ela perguntou.
― É, sim. Eu sou. – ele conseguiu dizer.
― Veio muito dinheiro hoje? – ela ficou curiosa.
― Ah, é, um pouco. Você sabe, alguns milhares. – ele falou.
Léo saiu dali e foi falar com Bomber, que era o segurança do cofre naquele momento.
― Parece que tem bastante dinheiro aí. – o rapaz de óculos comentou.
― Sim, tem. – o musculoso respondeu vagamente. – Com licença, está na hora de eu trocar de posto. – ele desconversou e saiu de perto.
Atravessou o corredor e foi em direção à recepção principal. Ao passar por Sandra, foi barrado pela morena.
― Eu nem deveria te dizer isso, mas não tente nenhuma besteira, Marcelo. Estou de olho em você. – ela disse e o deixou ir.


À noite, todos, inclusive Bomber e Léo, se reuniram na velha oficina.
― Meus amigos, é chegado o momento tão esperado. – Joel iniciou. – Depois de duas semanas de estudo, com dois dos nossos infiltrados, e vários planejamentos no meio do caminho, vamos finalmente pôr em prática nossas habilidades.
― Quando? – Facada perguntou.

― Amanhã. Faremos como no shopping, só que dessa vez, todos entram. – Joel disse e Charger vibrou. – Eu e Taís vamos entrar juntos para uma reunião que Léo vai marcar para gente. – ele continuou e o técnico confirmou com a cabeça. – Facada e Charger vão pela garagem. Bomber conseguiu um cartão de acesso para vocês. Quando der a hora, faremos o que deu certo na primeira vez, nos escondemos no banheiro até todos irem embora. – Joel finalizou.

Um comentário :