quinta-feira, 30 de maio de 2013

Detetives Virtuais T01C05

PROCURADOS

Duas semanas depois de terem arrumado o sistema da empresa de telemarketing Comunik e de terem recebido o cheque de 10 mil reais do dono, o Sr. Monteiro, os três técnicos de informática mal tiveram tempo para descansar. Dividiram o dinheiro, mas não saíram por aí gastando tudo.
Pagaram algumas dívidas, guardaram um pouco e investiram o resto. Com a propaganda e indicações feitas pelos Sr. Monteiro, os Detetives Virtuais foram mais requisitados do que nunca. Devido a sua tecnologia, eles conseguiam fazer manutenção dos computadores em um tempo mais rápido do que os outros e com muito mais eficiência.
Enquanto isso, na empresa, o Sr. Monteiro não poderia estar mais feliz, suas máquinas funcionando com o melhor desempenho e o rendimento crescendo. Em um de seus comuns acessos ao site do seu banco, para ver suas contas, o empresário quase teve um ataque cardíaco.
― Minhas contas... estão vazias! – ele disse sem acreditar.
Em vez de chamar a polícia local, Monteiro decidiu ligar para um conhecido seu da Polícia Federal, pois ele não queria mais publicidade negativa rondando sua empresa. Um dia depois, o Agente Porto e sua equipe apareceram na Comunik.
― Preciso saber tudo o que aconteceu na empresa nos últimos 6 meses; quem tem acesso a essa conta e a esse computador; e um café expresso, com creme e sem açúcar. – o agente disse ao empresário.
― Tudo bem. Terá tudo o que precisa. – Monteiro garantiu.
― E o que ainda está fazendo aqui? Vai me buscar aquele café para que meus homens possam trabalhar. – Porto gritou.
― Sim, senhor. – Monteiro disse e saiu às pressas.
No fim da tarde, os agentes federais chamaram o empresário na sala de segurança e mostraram um vídeo.
― Quem são esses? – Porto perguntou.
― São os técnicos que arrumaram o sistema de computadores há duas semanas. Eles se auto-intitulam Detetives Virtuais. – Monteiro respondeu. – Por quê? – quis saber.
― Você acompanhou o trabalho deles?
― Não, eles me pediram privacidade e resolveram meu problema, então eu realmente não me importo. – o empresário explicou.
― Pois deveria. Segundo essa câmera aqui, – Porto disse e apontou para um dos monitores. – assim que você saiu, eles simplesmente sumiram e só voltaram instantes depois de você voltar à sala. Foi um intervalo de 6 horas.
― Você tem certeza? – Monteiro perguntou sem acreditar.
― Sim, acredito que eles mexeram com sua câmera e a deixaram mostrando aquilo que lhes era conveniente. – o agente supôs. – Tem os nomes deles?
― Tenho o cartão, mas deve ter mais informações no site. – o empresário disse.
― Não se preocupe, meu amigo, eu vou encontrá-los e recuperar o seu dinheiro. – Porto garantiu e pôs a mão no ombro do amigo.


Já era noite quando a campainha do apartamento dos Detetives Virtuais tocou.
― Ué, quem será? O porteiro nem avisou. – Kevin disse ao levantar para atender. – Parece gente importante, está com um terno bonito. – ele informou os amigos ao ver pelo olho mágico da porta.
― Abre logo, Kevin. – Frank disse.
― Pois não. – o técnico disse ao abrir a porta.
― Vocês são Kevin Zouki, Frank Grumwald e Victória Rodrigues, os vulgos Detetives Virtuais? – perguntou Porto.
― Depende, quem quer saber? – Kevin retrucou.
― Polícia Federal, filho. E pela sua resposta, já sei que são. Queiram me acompanhar, por favor. – o agente disse, mostrando o distintivo e chamando os três amigos para fora do apartamento.

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