quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Conspiração Temporal T01C13

VOLTANDO NO TEMPO

Jéssica decidiu trocar de roupa também. Tirou a camisa e a calça social, e colocou sua calça justa de malha fina e a jaqueta de couro.
— Acoplem as máquinas do tempo em seus cintos. – o cientista pediu. – Eu as adaptei para encaixarem perfeitamente em suas fivelas.
— Muito engenhoso, doutor. Mas acho melhor ajustar a data antes, pois assim que a máquina estiver no cinto, não conseguiremos mais mexer. – Nanda observou.
— Essa é a parte legal. – ele disse e sorriu. – Instalei um fio no interior das máquinas, que se estica e permite o manuseio delas após a acoplagem.
— Funciona muito bem. – a morena disse já esticando o fio do aparelho.
— Coloquem as datas que descobriram, junto com essas coordenadas.
— De onde é? – a loira quis saber.
— Da Praça Rui Barbosa. É o centro da cidade, e é, desde sempre, um lugar cheio de pessoas. Ninguém notará a chegada de vocês. – explicou o doutor.
Nesse momento, eles ouviram o som de vários passos vindo do fim do corredor. Dr. Cintra foi até a porta espiar.
— São eles! – ele disse e puxou as duas até o centro da sala. – Fiquem exatamente aqui.
— Por que, doutor? – Jéssica perguntou.
O cientista não respondeu. Apenas apertou um botão e um tubo transparente se ergueu, envolvendo as amigas.
— Para que isso, Dr. Cintra? – Nanda perguntou achando estranho.
— Vai mantê-las seguras durante o processo. A máquina demora um pouco para esquentar. – ele disse no momento em que a equipe de segurança invadia o laboratório. – Sugiro ligarem agora.
— Parado aí, Dr. Cintra! – o chefe dos seguranças disse e o cientista virou para encará-lo.
— Como quiser. – Cintra disse.
— Doutor, pare com isso. Tire-nos daqui. – Jéssica disse.
— Devia ouvir sua amiga, doutor. – Salveski disse ao chegar no local.
— Acabou, Salveski. Não há mais nada que você possa fazer. – disse o cientista.
— Ah, há sim. – o governador disse e atirou no doutor.
— NÃO! – as duas gritaram.
Dr. Cintra conseguiu girar e ficar de frente para elas.
— Mudem a história... Salvem... o... futuro... do mundo! – ele disse antes de morrer.
— Que tocante! Agora é a vez de vocês. – disse Salveski. – Balas não vão adiantar nesse tubo. Preciso de uma arma de energia. – disse e preparou a arma.


No momento em que ele atirou, uma luz preencheu o tubo e as duas mulheres desapareceram. Para elas, a luz durou um pouco mais, e depois se transformou em um azul escuro. Logo, elas se viram no espaço sideral. Olharam uma para outra e viram a Terra, girando rapidamente. Era como se estivessem assistindo um filme que estava indo muito depressa, mas não estava indo, estava voltando. Quando menos esperavam, foram puxadas em direção ao planeta azul.
Ao entrarem na atmosfera, não pegaram fogo, nem sentiram a resistência do ar. Puderam notar que a Terra continuava girando, mas mais devagar. Viram o sol nascer e se pôr várias vezes. Finalmente, de um modo mais suave do que imaginaram, elas pousaram no centro da Praça Rui Barbosa, em Curitiba.
— Estranho! Nós deveríamos ter chegado de dia. – Nanda disse ao notar a escuridão ao redor. – A julgar pelo vazio que está aqui, parece que é alguma hora da madrugada.
— O que isso importa? – Jéssica reclamou. – Como você consegue ficar ta calma numa hora dessas? O Dr. Cintra morreu. Bem na nossa frente. Isso não te abala?
— É claro que me abalei quando o vi falecer, mas passou. Agora, estamos no passado. Você não vê? Nós conseguimos! E na época em que estamos, o Dr. Cintra nem nasceu ainda. Então, como ele pode ter morrido? – a loira disse.
— É verdade. – a morena respondeu mais tranquila, enquanto a amiga limpava-lhe as lágrimas.
— Agora, acalme-se para pensarmos no que fazer a seguir. – Nanda disse e ouviu passos se aproximarem.
— Ora, ora! O que duas belas mulheres, como vocês, estão fazendo na rua até essa hora? – disse um homem grande e bêbado, acompanhado de mais três.
Nanda pôs a mão esquerda na sua espada, que estava invisível devido ao cinto e olhou para Jéssica.
— O que acha de começarmos nossa jornada no passado com um exercício? – a loira sugeriu.
As duas sorriram, sacaram as armas e avançaram contra seus oponentes.

Um comentário :

  1. Olá, seus contos estão cada vez melhores! Essa é a minha série preferida, e estou ansioso pela continuação. Um forte abraço!

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