segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Motoqueiro das Trevas T01C06


ARMADILHA

Com a rotina do Motoqueiro, Ian não estava conseguindo chegar no horário de sempre no escritório. Carol percebeu isso e, quando teve um tempo livre foi falar com o amigo, sócio e ex-namorado, que estava na copa.
— Notei que seu rendimento caiu bastante nos últimos dias, isso sem falar que tem chegado mais tarde todo dia. – ela observou. – O que está acontecendo, Ian?
— Ah, bom dia, Carol. – ele a cumprimentou antes de responder. – Eu não sei, tenho me sentido cansado e tenho tido insônias terríveis. – ele disse. – De qualquer maneira, não está tendo nenhum problema com as finanças do escritório, então está tudo tranquilo. – Ian disse, pegou seu café, deu um selinho em Carol e foi para sua sala.
Sem perceber, o rapaz fez algo que costumava quando namorava sua atual sócia. Ele preferiu não voltar para se explicar ou se desculpar. Já há algum tempo, Ian vinha pensando em Carol e em tentar retomar sua relação com ela, mas imaginou que seria difícil conciliar o amor com a vida do Motoqueiro.
— O que acabou de acontecer? – Carol se perguntou e tocou os lábios com os dedos, assim que Ian deixou a copa.
Em sua sala, o jovem advogado ligou o computador e acessou um site de notícias. Logo, ele se ateve na matéria mais chamativa que dizia: “O homem que sequestrou e matou a filha de um empresário há 5 anos é libertado por bom comportamento”.
— BOM COMPORTAMENTO? Bom comportamento? – Ian repetiu com muita raiva e já começou a procurar os dados do processo, para descobrir o antigo endereço do criminoso.
Ele, então, percebeu que não haveria como o criminoso voltar para a casa em que morava depois de tanto tempo. Procurou e encontrou o endereço da mãe dele. Ian se acalmou e esfriou a cabeça, chamou o seu primeiro cliente do dia e tentou relaxar, pois à noite, teria que entrar em ação.


As horas passaram e logo Ian estava vestido de Motoqueiro e equipado para cumprir sua missão. Ele foi a toda com sua moto, fazendo barulho por onde passava. Seu destino era um bairro do subúrbio com ruas estreitas e tranquilas. Como normalmente faz, ele estacionou a moto em frente da casa e seguiu para dentro. Por algum motivo, esqueceu de tirar o capacete.
Os cômodos frontais estavam todos escuros. Ian imaginou que deveriam estar na cozinha. Ao tentar abrir a porta, notou que estava destrancada e começou a sentir que algo estava errado. Entrou na casa, deu dois passos e um abajur se acendeu, revelando um homem, de terno marrom, sentado em uma poltrona.
— O Motoqueiro das Trevas! Finalmente o encontrei. Você é uma pessoa muito evasiva, sabia? – nesse momento, várias viaturas da polícia surgiram na rua cercando a saída da casa. – Oh, que falta de educação a minha. Eu sou o Delegado Biaco. E você está preso por assassinato em série. – o oficial disse e se levantou.
Ian olhou para fora e para os fundos da casa. Ele estava cercado, isso era um fato, mas ele não poderia e não iria se entregar tão facilmente. Nos segundos que se seguiram, ele precisou pensar rápido. Biaco se aproximava com as algemas na mão. O Motoqueiro ficou de costas para o delegado e então, ele teve a ideia.
— Você tem o direito de ficar calado... – Biaco ia pegar nos punhos do vigilante noturno, quando este girou rapidamente e deu um chute no primeiro.
Rapidamente, Ian pegou uma granada que sempre levava consigo e a jogou do lado das viaturas que se encontravam à esquerda da casa. Assim que ela explodiu, ele correu em direção à moto, desviando-se dos tiros dos policiais, mas inevitavelmente sendo atingido por um ou outro.
Antes que os policiais entendessem que seu objetivo era a moto, ele a montou e saiu pela direita da rua. Os oficiais entraram em seus veículos em seguida. Ao se aliviar por estar em sua moto, Ian se viu diante de outro obstáculo. Duas viaturas bloqueavam a saída da rua, mas deixavam a passagem da calçada livre. O Motoqueiro escolheu a da esquerda e acelerou.
Mesmo sob a mira dos tiros, ele conseguiu alcançar o ponto que queria, entretanto quando sua moto atravessava, uma corrente se ergueu, fazendo o veículo empinar para frente e arremessar seu motorista. Graças ao seu treinamento no exército, Ian conseguiu se arrumar durante seu “voo” e rolou ao cair. Sem ter como voltar para pegar a moto, ele começou a correr, mas um detetive apareceu em sua frente apontando-lhe uma arma de choque.
— Sério? Você acha que com essa arma vai conseguir me parar? – Ian zombou.
— Sim, exatamente. – Vidal respondeu e, antes que seu adversário pudesse fazer algo mais, atirou no pescoço do Motoqueiro.
“Derrotado por um choque no único ponto nu de meu corpo. Que ironia! Depois de tudo por que passei.” Ian pensou e sorriu enquanto caía no chão.
 — Ele está sorrindo? Que tipo de pessoa sorri depois de ser atingido e preso? – Vidal falou ao ver a expressão de seu algoz.

Um comentário :

  1. Puts, por uma arma de choque é sacanagem kkk
    mas bem que ele e a carol poderiam voltar o relacionamento e os dois virarem uma dupla dinâmica heim? kkkk


    Ae, o Erros e Acertos está fazendo 1 ano *--*
    passa lá depois!

    http://errosxacertos.blogspot.com.br

    abraço

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