quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Comando Épsilon T01C08


INCOMUNICÁVEL

Antes de escurecer, Nikolofski e Santana alcançaram a nascente do rio da ilha. O sargento quis correr até o local e saciar sua sede, mas a tenente o impediu. Ao contrário do rapaz, ela ouviu os passos de pessoas se aproximando e notou que se dirigiam à origem do riacho. Sem escolha, a moça tapou a boca do colega e puxou para trás de uma árvore.
— Veja! – ela disse e girou a cabeça dele para onde os donos dos passos vinham. – Agora, observe e não faça barulho. – ela sussurrou e soltou a boca do rapaz, que após a surpresa inicial, soube aproveitar o momento.
Quatro homens pararam à beira do riacho e encheram recipientes com a água. Entretanto, fizeram isso alternadamente, enquanto dois pegavam o líquido, dois faziam guarda com armas de fogo. Os militares se entreolharam e esperaram o grupo sair e voltar por onde veio. Cuidadosamente e sem fazer barulho, eles seguiam seus alvos pela floresta. Começava a escurecer.  
A luz de uma fogueira distante facilitou a caminhada tanto dos criminosos quanto dos seus perseguidores. A uns cem metros do local iluminado, Nikolofski e Santana pararam.
— Algum sinal dos soldados? – Gamba perguntou.
— Nada ainda, Gamba. – Espeto respondeu.
— Mas eles virão, eventualmente. Afinal, estamos com as armas e o material radioativo que estavam no avião. – o criminoso disse e, apesar de longe, os dois militares ouviram as palavras do líder do bando local. – Conseguiu montar o aparelho, doutor?
— Sim. – Enrikson respondeu. – Quer que eu ative?
— Por favor. – Gamba confirmou. – Caso os soldadinhos pensem em se dividir para procurar o que havia no avião, não quero que se comuniquem.
— Pulso eletromagnético ativar! – Dr. Enrikson disse e ligou uma pequena máquina que criou com o material eletrônico que foi recolhido do aeroplano.
Segundos após a ativação, os criminosos ouviram gritos próximos de onde estavam. Nikolofski e Santana não conseguiram evitar fazer barulho, quando uma onda de choque atingiu seus ouvidos. Em um movimento reflexo, ambos taparam suas bocas. O rapaz ia se mexer para sair dali, mas a moça o impediu.
— Vamos esperar, talvez pensem que foi algum animal. – ela sussurrou, mas ao dar um passo para trás, pisou num galho seco.
Os criminosos, que já suspeitavam de onde os gritos tinham vindo, tiveram certeza com o barulho no galho. Eles circundaram seus alvos. Quando os bandidos apareceram, se viram na mira das pistolas dos militares. Entretanto, foram estes que largaram suas armas, pois não poderiam combater os rifles automáticos dos adversários.
— Ora, ora, quem diria? Estavam aqui o tempo todo. – Gamba disse quando seus homens chegaram com os soldados. – Não disse que eles viriam? Joguem-nos num canto. – ele ordenou.
Sem suas armas e colete à prova de balas, Nikolofski e Santana tiveram suas mãos amarradas e foram colocados num dos cantos do acampamento do bando.
— O que faremos agora, Tenente? – o rapaz perguntou.
— Só podemos esperar pelo Capitão e os outros. – ela disse.
— Mas estamos incomunicáveis e tenho quase certeza de que aquele PEM afetou os GPS também. Eles não fazem ideia de onde estamos. – Santana ponderou.
— O Capitão vai dar um jeito. Eu sei. – Nikolofski disse e olhou para o céu.


Caviquioli acordou e seguiu ao extremo leste da ilha, mas só o que encontrou foi a pilha dos cadáveres daqueles que não sobreviveram à brutalidade que foi no momento em que os criminosos foram soltos. O sol nascia e o cheiro dos corpos em decomposição ainda era forte, mesmo depois de dois meses.
               Ela concluiu que não haveria possibilidade de alguém morar naquela região da ilha. Tentou falar com a Tenente ou o Sargento, porém, não obteve resposta. Já havia pensado na hipótese e a falha de comunicação só veio para reforçar sua decisão. A Cabo Caviquioli seguiu rumo ao nordeste da Ilha Prisão.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Conspiração Temporal T01C08


TAREFA E OBJETIVO

— Ah, por que o Dr. Cintra tinha que nos dar algo tão chato para fazer? – Jéssica disse.
— Não reclame. Não é tão ruim assim. – Nanda tentou amenizar.
Antes de ir embora, domingo à noite, o cientista deixou uma tarefa para as amigas fazerem.
— Como sabem, o objetivo para que eu criei a máquina do tempo é voltar ao passado e impedir a Terceira Guerra Mundial. – ele começou. – Mas não adianta voltar meses antes da guerra acontecer, pois só estaríamos adiando tal fato. É preciso retornar mais e cortar o mal pela raiz. Vejam, a Grande Guerra teve início devido a uma série de eventos. Só temos que encontrar o acontecimento inicial e impedi-lo. – o doutor explicou.
— Mas como vamos saber quando ocorreu esse acontecimento inicial? – a morena perguntou.
— Essa, Jéssica, é a tarefa de vocês. – ele respondeu. – Usem a internet e pesquisem. Comecem a partir do estopim e vão voltando até que encontrem um acontecimento que não dependa de nenhum fato anterior. Conto com vocês!
Assim, ele saiu e deixou as amigas com sua tarefa. Elas passaram a segunda-feira inteira pesquisando todos os eventos ocorridos antes da guerra. Sem obter sucesso, elas continuaram na terça e na quarta a pesquisa.
Ficou combinado que assim que terminasse a segunda máquina do tempo, o Dr. Cintra enviaria uma mensagem avisando-as. A essa altura, as duas amigas já deveriam ter encontrado a data para onde iriam.


 Devido a uma convocação extraordinária, os governadores estavam na sala de videoconferência, quando Salveski entrou com SATIF.
— Senhores, apresento-lhes nossa arma contra os rebeldes. – ele disse.
— Você conseguiu, Salveski. – Maragon comentou.
— Esse robô será muito útil. – Camargo disse.
— Sim, finalmente poderemos aumentar nossos ritmos de produção de alimentos e armas, e recuperar o território catarinense. – Guimarães lembrou.
— Bem colocado, Sr. Guimarães. – Salveski elogiou. – Gostaria de pedir ao Sr. Hoguin que começasse a produção em massa da carcaça dos robôs. Assim que tivermos um bom número, poderemos atacar Santa Catarina e recuperar o que é nosso. – o governador de Curitiba disse.
— Com toda a certeza. Colocarei todas as indústrias para fazer isso. Em breve teremos nosso exército de robôs. – Hoguin afirmou.
— E aí, poderemos não só assegurar nosso domínio no país, mas iniciar também em todo o mundo. – Salveski imaginou e os outros assentiram.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Motoqueiro Das Trevas T01C08


REAÇÃO

— A polícia continua procurando por Ian Rampinelli, o Motoqueiro das Trevas. A recompensa para quem informar sua localização exata aumenta a cada dia. Hoje está em 2500 reais. – disse a apresentadora do jornal.
— Caramba! Você deve ser a pessoa mais procurada pela polícia, hoje. – Borba observou.
— Grande coisa. – diminuiu Ian, que estava sentado no sofá limpando uma arma. – Isso não vai me impedir de continuar o que estou fazendo.
— Mas agora eles sabem quem você é.
— Será mais difícil, eu sei. Mas, pelo menos agora, poderei focar apenas no Motoqueiro. Só que precisarei da sua ajuda. – Ian avisou.
— Claro, amigão. Conta comigo. – Borba afirmou.
— Ótimo! Vou precisar de roupas e um pouco de dinheiro. Ainda tenho munição para algum tempo. Eu me preparei para algo assim, montei uma segunda base em uma casa abandonada de um bairro mais afastado. – Ian explicou.
— Certo. Temos o mesmo tamanho, posso te arranjar umas roupas minhas. Tenho 50 mil em dinheiro. Deve te manter por um tempo. – Borba disse.
— Valeu, mesmo, Borba.
— Ah, antes que eu esqueça. – o ex-soldado entregou um jornal para Ian. – Falei com umas pessoas e parece que esse cara foi o mandante do assassinato do seu irmão. – ele disse se referindo ao político que aparecia na primeira página do folhetim.
— Você tem certeza? – Ian quis confirmar.
— Foi o que me disseram.
O Motoqueiro pegou o dinheiro e a roupa, e montou em seu veículo. Como era de dia, não se preocupou em se esconder, afinal a polícia só esperava que ele aparecesse de noite. Assim, Ian seguiu para sua segunda base e arsenal.
Os antigos moradores e proprietários haviam morrido e o filho herdeiro deles morava em outro estado, por isso nem quis saber da casa e a deixou com móveis e tudo. O ex-advogado sentou e releu a manchete do jornal: “Deputado Carlos Castor fala sobre seu projeto em evento na frente do Palácio Iguaçu em cinco dias”.
— Cinco dias, só mais cinco dias. – Ian repetiu.


— O senhor tem certeza disso, delegado? Até onde eu sei, podem estar tentando incriminar o meu filho. – o Dr. Rampinelli disse ao entrarem na garagem da casa e verem o arsenal montado por Ian.
— O seu filho foi bem esperto, doutor. Não comprou nada de maneira convencional. Mas ele foi pego. Temos vídeos dele na delegacia e temos o vídeo dele fugindo de lá. – o delegado explicou. – Posso mostrá-los ao senhor, se desejar.
— Eu agradecerei. – o desembargador respondeu.
— Oh, meu Deus! – a mãe de Ian disse e começou a chorar.
Por ser amiga íntima da família, Carol foi autorizada a visitar a casa dos Rampinelli, que passara a ser local a ser investigado. Ela queria consolar a mãe de Ian, a quem considerava uma amiga, mas também precisava ser consolada. A jovem advogada ainda não conseguia entender como e por que Ian, seu amigo, seu sócio... seu único grande amor, havia se tornado o Motoqueiro das Trevas
Não aguentou mais ficar ali, despediu-se do casal Rampinelli e foi para casa. Desmarcou todos os seus compromissos e deitou em sua cama. Olhando para o teto, repassava e processava as informações recentes em sua mente.
— Por que fez isso, Ian, por quê? – ela disse para si mesma e as lágrimas começaram a escorrer.

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O Deputado Carlos Castor desembarcou de seu avião particular e foi recebido por seu acessor.
— Seja bem vindo, deputado! – ele saudou.
— Como está minha agenda? – o político quis saber.
— Até o seu discurso, em cinco dias, não há mais nada, senhor.
— Ótimo, então dará tempo de resolver aqueles outros negócios. – ele disse mais para si mesmo.

domingo, 28 de outubro de 2012

A Arte de Roubar T02C08


DESENLACE

Antes que os tiros pudessem causar uma explosão no carro em que estava, Crioulo tirou meio corpo para fora da janela com um lança-míssil e atirou na frente da própria casa. A explosão matou todos os que ali estavam e empurrou Polaco, Joel, Charge e Bomber contra a parede frontal da casa. Ao vir o míssil, Taís recuou rapidamente o carro, chegando quase à esquina da rua.
Assim que a fumaça diminuiu, Crioulo e seus homens se aproximaram dos destroços dos carros. O traficante subiu em um deles, ao mesmo tempo em que Polaco e os outros levantaram.
— Ora, ora, se não é meu rival, Polaco Azedo! A que devo a honra da visita? – Crioulo caçoou.
— Viemos resgatar o Facada. – Joel respondeu.
— Joel?! – Facada reconheceu a voz do amigo e subiu no carro, ficando ao lado do traficante negro.
— E quem são vocês? – Crioulo perguntou.
— Somos os amigos dele. – Charger respondeu. – Facada! Você deixou cair isso. – ele disse e jogou o cinto com as facas e o celular.
Passada a surpresa inicial, Facada começou a pensar que poderia se livrar de uma vez por todas de Crioulo. Enquanto fechava a fivela do cinto, ele olhou levemente para a direita e viu o Chrysler parado. Supondo que Taís estivesse vendo, ele fez um aceno de cabeça em sua direção. O rapaz se endireitou, ficou de frente para o traficante e olhou para a esquerda e abaixo, onde estavam os capangas do Crioulo.
— Algum problema, Facada? – o traficante perguntou.


Em vez de responder, o rapaz, ao ouvir o barulho do carro se aproximar, acertou uma joelhada na barriga do Crioulo, fazendo se curvar de dor. Antes que os capangas pudessem reagir e atacar Facada, uma chuva de tiros os acertava, vindo do veículo dirigido por Taís. Luiz empunhou suas facas e, com o cabo de uma, atingiu o rosto do traficante, levantando seu tronco. Com esse movimento, ele se desequilibrou e caiu no capô do carro em que estava sobre.
Assim que o Chrysler se aproximou mais, passou a atropelar o bando que estava combatendo. Facada aproveitou para pular em cima do carro. O rapaz pediu para a amiga dar a volta. Assim, ela fez, enquanto Crioulo se levantava.
— Facada! Seu maldito! – ele gritou. – Eu não terei mais piedade!
O traficante apontou suas duas armas na direção do ex-pupilo, que pulou do carro em movimento e, com uma das facas, cortou as pontas de ambas as armas. Com os cabos das duas facas, Facada acertou os dois lados da cabeça do Crioulo, que urrou de dor.
— E quem está pedindo sua piedade? – o rapaz devolveu com um grito.
O golpe final foi um chute que lançou o traficante negro até onde Joel e os outros estavam.
— Acabe logo com isso, Facada. Ou prefere que eu faça? – Polaco disse e apontou sua arma para o Crioulo.
— A morte é pouco castigo para o Crioulo. – Facada disse. – Ele merece sofrer mais para pagar por tudo o que fez.
— É, acho que tem razão. – Polaco concordou, largou a arma e sentou no chão. – Puxa, cansei. Isso foi intenso! Sabia que uma guerra contra o Crioulo não seria menos. – ele disse arfando.
Facada pegou o dinheiro que lhe tinha sido roubado. Joel agradeceu a Polaco pela ajuda e, após pegar o charger novamente, foi com seu bando embora.
— Você nos deixou preocupado, amigão. – Joel falou, no carro.
— Foi mal, não queria envolvê-los nisso. Tudo aconteceu muito rápido. – Facada explicou.
— Ei, o que importa é que agora está tudo resolvido. – Charger disse do volante.
— Sim. E espero que você esteja disposto ainda, pois teremos que adiantar nossos preparativos para o assalto ao museu. – Joel lembrou.
— Joel, meu amigo, eu não poderia estar mais disposto. – Facada garantiu e sorriu.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vamos para o digimundo?

Assim como os filmes Tron e Matrix, Digimon segue o tema "pessoas entrando no mundo digital", ou digimundo, mas o anime segue uma linha diferente.

Tudo começa quando sete crianças estão em um acampamento e veem um fenômeno no céu, uma espécie de arco-íris. Enquanto estão admirando, uma luz aparece e suga-os para outro mundo. Tai, Matt, Sora, Izzy, Joe, Mimi e T.K. caem na Ilha Arquivo (a primeira vez que assisti Digimon, com uns 12 anos, não prestei muita atenção aos detalhes, para mim era apenas uma versão de Pokemon em que os monstros não evoluíam permanentemente... Eu só precisei rever o primeiro episódio meses atrás para entender tudo, quando disseram que eles estavam na Ilha Arquivo, tive um estalo e tudo fez sentido, minha reação foi algo do tipo "Meu Deus! Eles estão dentro do computador!", enfim...).

Cada criança digiescolhida possui seu próprio digimon: Tai tem Agumon; Matt, Gabumon; Sora, Piyomon; Izzy, Tentomon; Joe, Gomamon; Mimi, Palmon; e T.K., Patamon. Depois de um tempo na Ilha Arquivo, eles descobrem que um digimon do mau (digimau) está usando engrenagens pretas para controlar os outros digimons. De uma maneira muito sofrida, principalmente para T.K., os digiescolhidos conseguem vencer Devimon, mas ele avisa que existem mais digimaus além da ilha. Após a grande batalha, surge Genai, um ser que não é humano nem digimon, mas que ajuda as crianças. Ele diz que cada um possui um brasão, que fará os digimons evoluírem para um nível ainda maior. Assim, eles foram para o continente próximo da ilha.


Lá, encontraram um poderoso inimigo, chamado Etemon, mas também aliados que os ajudaram a fugir após a derrota para Etemon. Enquanto cada um encontrava seu brasão, - Tai, Coragem; Matt, Amizade; Sora, Amor; Izzy, Sabedoria; Joe, Confiança; Mimi, Sinceridade; e T.K., Esperança. - Izzy descobriu que eles estavam dentro da rede de computadores do mundo, e que o digimundo se equivalia em tamanho à Terra. Com o brasão da coragem, Tai consegue fazer Agumon evoluir mais um nível e, assim, vence Etemon. Entretanto, no momento do golpe final, um vórtice se abre e Tai e Agumon são lançados por ele e acabam voltando para o mundo real.

Durante o tempo em que fica fora do digimundo, Tai descobre que, apesar de terem passado meses no digimundo, poucas horas se passaram no mundo real. Ele vai para casa e encontra sua irmã, Kari, que não pôde ir ao acampamento por estar gripada. Andando com a menina pelas ruas de Tóquio, ele vê um digimau e Agumon vai lutar com ele. Após alguns golpes, um portal se abre e o digiescolhido e seu digimon voltam de onde vieram. No digimundo, Tai e os outros trocam informações. Eles se aproximam cada vez mais de seu novo inimigo, Myotismon, e descobrem que existe um oitavo digiescolhido, que está no mundo real. Começa, então, uma corrida para ver quem encontra primeiro a oitava criança, pois ela é a chave para derrotar Myotismon.


No mundo real, as batalhas chegam a parar todo um bairro da capital japonesa. Depois de um tempo, descobre-se que Kari, a irmãzinha de Tai, é a oitava digiescolhida e que seu digimon, Tailmon, estava junto de Myotismon. Na luta final, Tailmon, com a ajuda do brasão da Luz, de Kari, digivolve e derrota o inimigo.
Contudo, ele retorna em uma outra forma e somente quando Agumon e Gabumon digivolvem para um nível acima daqueles atingidos pelos brasões é que ele é finalmente destruído. Enquanto isso, no digimundo, 4 digimaus, conhecidos como os Mestres das Trevas, transformaram o digimundo em uma torre espiral. Seu poder aumentou muito devido à ausência dos digiescolhidos. Sob os olhares de seus familiares e de todos da Terra, as oito crianças vão para o digimundo novamente.

Após usarem todo seu poder e derrotarem Mugendramon, Pinocchimon, MetalSeadramon e Piedmon, os digiescolhidos são surpreendidos e levados para um lugar escuro e vazio, onde sequer tinha chão, para enfrentar seu verdadeiro e mais poderoso inimigo, Apocalymon. Esse digimau destrói os brasões das crianças e faz os digimons voltarem às formas básicas. Os digiescolhidos são transformados em dados digitais, mas após um "momento de reflexão", eles retornam e, mesmo sem os brasões, os digimons digivolvem para sua última forma, devido ao poder interior de cada criança.


Assim, Tai e seus amigos salvam o digimundo e mantém o equilíbrio entre os dois mundos. Depois de todos os danos causados, o digimundo precisaria passar por reformulação, em que mudariam algumas coisas, entre elas a diferença de tempo com o mundo real. As crianças se despedem de seus parceiros digimons e vão para casa.

Esse foi anime que desencadeou meu vício, pois queria muito vê-lo inteiro e na sequência. Então encontrei um site para ver online, mas Digimon não era o único anime que tinha, então fiz uma lista e comecei a assistir.
Também já terminei Digimon 2, e logo mais terá post sobre ele. Não achei que fosse ficar tão grande a sinopse, queria dizer mais coisas, mas deixarei para outro post.






quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Comando Épsilon T01C07


CAPTURA

O sol já estava se pondo, quando Ramos terminava de recolocar o colete à prova de balas e prender o cabelo novamente. Ela pôs o boné e arrumou a mochila nas costas.
— Está pronta? – Zurique disse assim que fechou o zíper da calça.
— Sim, senhor. – ela respondeu.
— Então, vamos. – ele disse e começou a caminhar.
Eles chegaram na beira de um córrego e com o reflexo do pôr do sol, a água parecia ser vermelha. De onde estavam, não conseguiam enxergar nem a nascente nem a foz do rio. Era possível ver seu fundo e a correnteza não era forte.
— Vamos atravessar! – o capitão avisou.
— Certo! – ela concordou e o seguiu.
Andaram devagar, tentando fazer pouco barulho para não chamar atenção. Zurique tinha procurado por algum observador de tocaia, mas não encontrou ninguém. Entretanto não custava prevenir. Alcançaram a outra margem sem maiores perigos. Contudo, bem nesse momento, vozes se aproximavam e eles se encostaram em uma árvore para não serem percebidos.
— Eu não devia estar aqui. – um deles disse.
— Se você está aqui é porque é um dos mais perigosos do país, fique honrado. – o outro respondeu.
— Eu sei, mas minha arma é a inteligência. Não tenho físico para viver nessa ilha.
— Cara, você já sobreviveu dois meses. Relaxa!
— Calem a boca e tentem pegar algum peixe, para podermos jantar hoje. – um terceiro falou.
Zurique sinalizou para Ramos e os dois começaram a se afastar do trio de prisioneiros. O barulho que faziam na água abafou os passos dos militares. A moça chegou a ter dó dos habitantes da ilha por um momento. Ter que ir atrás da comida diariamente não devia ser algo fácil, mas então ela se lembrou de que quando tinham sua liberdade, eles a usaram para cometer crimes contra os outros sem pensar duas vezes. Estava escuro e o Capitão havia decidido parar, quando viu uma fogueira.
— Vamos avançar mais um pouco. – ele sussurrou para a loira.
Parado a cem metros do local iluminado, Zurique decidiu esperar a noite passar e agir durante o dia. Ele sentou e se recostou em uma árvore. Ramos tirou a mochila e sentou-se na frente do Capitão, usando o corpo dele como recosto. Com a cabeça no ombro dele, a loira dormiu intensamente.


O sol nasceu e com ele veio a necessidade de fazer algo. Eles comeram, cada um, uma barra de cereal e se prepararam para ir. O líder, porém, parou e sussurrou para a companheira.
— Ontem à noite, notei algo de estranho ao redor da área da fogueira e agora sob à luz do dia, confirmei minhas suspeitas. Eles instalaram armadilhas em todo o local. – Zurique disse e apontou. – Melhor esperar alguém sair e seguir o mesmo caminho.
E assim eles fizeram.
— Todos parados! – o Capitão falou e apontou o rifle para os membros do grupo de Crupiê.
— Parece que seu resgate chegou, Sr. Pacheco. – o líder criminoso disse.
— Não se preocupe, Sr. Pacheco, vai ficar tudo bem. – Zurique tentou acalmar o refém.
— Cuidado! – o rapaz gritou, mas foi tarde demais.
O homem que havia saído surgiu e atacou o Capitão com um porrete de madeira. Em seguida, deu um soco que nocauteou Ramos. Enquanto caía no chão e era amarrado, o militar ouvia as palavras de glória do Crupiê.
— Achou mesmo que conseguiria chegar sem ser percebido? Eu sei de vocês, desde que atravessaram o riacho. – ele se vangloriou e riu.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Conspiração Temporal T01C07


REVOLUÇÃO ANTIGOVERNO

A Grande Guerra durou três anos, mas, mesmo sendo a menor das guerras mundiais, foi a que teve resultados mais catastróficos. Apesar de ter sido um dos países menos atingidos, no Brasil, seis estados decidiram liderar o país para impedir futuros conflitos.
As regiões da Amazônia e do Pantanal passaram a ser superprotegidas e estudadas. A forma de governo mudou. Não havia mais presidente, senadores, prefeitos, deputados ou vereadores. O único cargo político que sobrou foi o de governador, que passou a ser das capitais e não dos estados em si. No começo, isso funcionou bem, mas logo a desigualdade se tornou maior e mais evidente do que sempre foi.
Quem morava na capital tinha tudo, mas nas outras cidades, os recursos eram escassos. Logo, muitos começaram a ficar revoltados, embora não houvesse nada que pudessem fazer, afinal não havia mais eleições e com o consentimento da própria população. Vários anos de opressão se passaram até que grupos de todos os estados líderes se uniram e decidiram iniciar a revolução.
Foram meses de planejamento. No Paraná, mais precisamente infiltrado dentro da própria capital, o cabeça foi o Dr. Cintra. A revolução durou poucos meses, pois as capitais estavam prontas para algo assim. Entretanto, durante esse tempo, uma delas caiu. Por ser uma ilha e ter tido todos os seus meios de transporte e comunicação cortados, Florianópolis foi dominada pelos rebeldes.
Após isso, as outras capitais foram com tudo o que tinham e os habitantes de Santa Catarina tiveram que tomar uma decisão. Não foi fácil, mas não houve tempo para pensar direito, por isso eles decidiram proteger o seu estado. Fecharam as fronteiras e remontaram o sistema de segurança. Quando as outras capitais venceram, elas precisaram se reerguer e se preparar para atacar o novo estado rebelde.
Antes disso, eles puniram os participantes da rebelião em todos os estados. Em Curitiba, porém, o governador decidiu poupar um. Salveski sabia da inteligência superior do Dr. Cintra, e imaginou que ele seria muito útil trabalhando para a capital. Entretanto, como previu, a proposta não foi bem recebida.


— Nunca! Prefiro morrer a me juntar a você. – Cintra disse.
— Com essa decisão, você não será o único a morrer. – Salveski disse.
— Quer dizer que... – Dr. Cintra quis confirmar o que havia entendido.
— Eu posso poupar alguns. – o governador disse.
O cientista aceitou, mas logo descobriu que tinha sido enganado. Assim que foi levado para o seu quarto laboratório, ele ouviu quando Salveski saiu e mandou matar todos os envolvidos na revolução. O doutor tentou ligar para os amigos, mas nenhum celular estava funcionando, devido ao choque eletromagnético que a capital emitiu durante a batalha final.
Dr. Cintra, então se lembrou dos cintos, invisíveis e resistentes a quase tudo, que fez para Jéssica e Nanda. Ligou para uma delas bem no momento em que o local dos refugiados estava sendo atacado pelas forças da capital. Assim como os catarinenses e graças a insistência do doutor, elas deixaram seus companheiros e fugiram.
O tempo passou e no começo, o cientista nem tentou entrar em contato com elas. Já que a situação pedia, ele conquistou a confiança de Salveski e teve algumas regalias, como sair do prédio, ter um dia de folga por mês, e depois de um tempo, ganhou folga semanal. Dois anos de um trabalho intenso em reprojetar a capital e seu sistema de segurança e de defesa, deram a doutor o direito a um pedido. Ele escolheu uma casa, onde pudesse ir em suas folgas.
Ficou seis meses sendo vigiado, mas então foi deixado de lado, devido ao seu bom trabalho e comportamento. Desde que foi “preso”, empenhou-se na criação da máquina do tempo. Quando estava para terminar a segunda, ele chamou as duas amigas.
— Por que precisa de duas? – a morena quis saber. – Achei que seria um carro, uma moto ou uma nave. – ela supôs.
— É um pequeno relógio. Foi a maneira que pensei para conseguir criá-la bem embaixo do nariz do Salveski. – Dr. Cintra explicou. – Só tem um problema.
— Qual? – elas perguntaram.
— Não tenho permissão para sair com nenhum aparelho que crio. – ele disse. – Por isso, assim que eu terminar a segunda, o que acontecerá essa semana, vocês terão que entrar no prédio principal do centro tecnológico da capital, a Torre do Relógio. – Dr. Cintra avisou e esperou a reação delas
— Humm... – Nanda começou enquanto tomava um gole de suco para ajudar a engolir o pedaço de pão. – Parece divertido! – ela disse e sorriu.  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O Motoqueiro das Trevas T01C07


PRESO

— Ele ainda não fala? – o delegado perguntou ao entrar na sala atrás do espelho duplo da sala de interrogatório.
— Não. – o detetive Vidal confirmou.
— Vamos ver se comigo, ele fala. – o delegado decidiu e saiu.
Ian estava sentado de modo curvado, cabeça baixa e as mãos algemadas sobre as pernas. Sua jaqueta e óculos estavam em cima da mesa e seu colete, que o protegeu dos tiros dos policiais, foi-lhe tirado. O delegado Biaco sentou em frente a ele colocou uma pasta com papeis em cima da mesa. Nesse momento, Ian resolveu apoiar as mãos no móvel.
— Está pronto para falar, Motoqueiro? Ou devo dizer, Ian Rampinelli. – o oficial disse ao tirar uma folha de dentro da pasta. – Por que, Ian? Só me diz por quê? – o advogado manteve-se quieto e de cabeça baixa. – Ian Rampinelli, filho de Cláudia e Moacir Rampinelli, ambos da área do Direito. Um jovem com uma carreira promissora. Abriu um escritório há 2 anos e já possui uma vasta clientela. – Biaco leu a ficha do rapaz. – Diga-me, Ian, que motivo o fez largar sua vida para se tornar o Motoqueiro? – o delegado insistiu e, dessa vez, Ian decidiu falar.
— Vocês ainda não levaram minha moto para o depósito, não é? – ele disse e surpreendeu o delegado com a mudança de assunto. – Não, claro que não. Vocês precisavam vê-la antes, não é? Ou melhor, exibi-la. – ele mesmo respondeu.
— Muito bem, se não quer falar sobre seus motivos, tudo bem. – Biaco disse ignorando o que Ian falou e mudando de assunto também. – Então, diga, quem é o seu fornecedor de armas e acessórios? – o oficial quis saber.
— Você sabe quem tem as chaves dessas algemas? Elas coçam mais do que eu imaginava. – Ian mudou de assunto de novo. – Aliás, você sabe se está chovendo? Não vi as estrelas hoje.
— Já chega! – Biaco irritou-se. – Você pode não responder minhas perguntas, mas ficar fazendo gracinhas não vai te ajudar em nada. Não há juiz no mundo que vá te absolver. – o delegado disse.
— Eu não confiaria tanto nisso. – Ian disse e sorriu. Biaco levantou-se.
— Não que vá fazer diferença para você, mas as chaves que te libertam, estão comigo. – o oficial disse e mostrou as chaves para o algemado.
— Obrigado pela informação. – Ian agradeceu e, num movimento rápido, pegou os óculos de cima da mesa, levantou o móvel e o chutou, empurrando o delegado contra a parede.
O advogado pegou as chaves do oficial caído. Vestiu a jaqueta e colocou os óculos escuros. Quando ele ia sair, a porta se abriu e o detetive Vidal surgiu com dois policiais.
— Eu me rendo. – Ian disse e se aproximou do policial do meio.
Sem saber o que fazer, o policial olhou para o detetive, que assentiu. No momento em que foi algemar o Motoqueiro novamente, este reagiu rapidamente e, antes que os outros pudessem disparar, o oficial foi jogado contra Vidal e o policial que estava na porta foi golpeado e lançado para fora.
Ian pegou a arma dele e foi andando pelos corredores da delegacia. Ele tentou não disparar, mas quando estava chegando na saída, vários policiais surgiram e ele não teve escolha. Entretanto, não atirou para matar como fazia com os bandidos. Sua moto estava no pátio frontal do lugar, sendo guardada por alguns oficiais.
O rapaz conseguiu ver isso de dentro da delegacia, dessa forma, antes que os guardas pudessem notar o barulho dos tiros, Ian apareceu correndo da porta de entrada. Atirou na perna de um deles de longe e, ao chegar perto, golpeou os demais. Ele montou em sua moto e saiu antes de ser atingido por algum tiro. Ian desapareceu tão depressa na escuridão que não deu tempo da polícia persegui-lo. Ao chegar num lugar afastado e silencioso, ele parou e mexeu na moto. Revistou-a de baixo a cima, de frente a trás.
— Como eu imaginei, nenhum aparelho rastreador. Ainda não consigo entender como fui capturado. – o Motoqueiro disse e voltou a dirigir.


— Como é que é? – Biaco gritou. – Como assim você não colocou um rastreador na moto dele?
— É que não tinha aqui, então pedimos para os outros distritos, mas não chegou ainda. E então, ele fugiu. – Vidal respondeu e sorriu sem jeito.
— Ótimo! – Biaco suspirou. – Muito bem, nova tática. Quero que em todas as mídias existentes, a identidade dele seja revelada. E também, ofereça uma recompensa para denunciar quando vir ele. – o delegado mandou. – Ele pode ter escapado, mas as coisas não estão como antes. – o oficial refletiu.

domingo, 21 de outubro de 2012

A Arte de Roubar T02C07


TIROS E EXPLOSÕES

— ... aí eu disse “se você não fizer o que eu quero, não vou te pagar nada”. – um dos capangas de Crioulo disse ao colega.
— Está certo, tem que mostrar quem manda. – o outro concordou.
Nesse momento, um jipe virou a esquina, e do banco de trás, um homem loiro com uma metralhadora atirou nas pernas dos homens que conversavam. Polaco e mais dois no veículo atiravam em todos que identificavam do bando de Crioulo. Seu principal objetivo era a casa do traficante rival, mas aproveitou para diminuir o exército inimigo ao longo do caminho.
O jipe virou à esquerda e, antes de passar a primeira quadra, foi bloqueado por três carros. Polaco não temeu e começou a atirar nos inimigos, que eram muitos, mas logo essa diferença diminuiu quando mais dois veículos surgiram para ajudar o traficante loiro.


Assim que os ataques começaram, os que sobreviveram tentaram avisar o Crioulo, mas este não estava em casa, então, os subordinados mais próximos foram até a residência para protegê-la. Por isso, quando o grupo de Joel chegou, ocupando dois carros, cada vindo de por um lado da rua, já havia uma barricada de veículos na frente do portão principal. Para não danificar mais de um carro, o líder dos ladrões decidiu usar apenas o Chrysler, que foi usado por Taís, Léo e Bomber. Polaco emprestou um Passat para Joel e Charger.
— Muito bem, galera, vamos abrir caminho. Léo, dê um jeito nesses carros. Bomber, eu e você vamos nos caras que estão na sacada. – Joel disse.
— Deixa comigo. – Léo respondeu e conectou um controle de videogame no computador de bordo. – Vamos ver do que essa belezinha é capaz.
Do banco de trás, Bomber se levantou e tirou meio corpo pelo teto solar para poder atirar nos homens mais no alto. Joel e Charger desceram do carro e, usando as porta como escudo, também atingiam os oponentes.
Mirando no motor de um dos carros e usando as metralhadoras instaladas no Chrysler, Léo atingiu seu alvo e uma grande explosão se seguiu. Os três carros que bloqueavam a entrada explodiram e ainda arrebentaram o portão, além de atingir todos que se protegiam atrás deles.
— Eu estava pensando, Charger. – Joel disse entre um tiro e outro.
— Sim, amigão? – o mecânico perguntou.
— Esse carro já está meio velho e nem é nosso. O que acha de usarmos para tirar aqueles veículos queimados do caminho. – Joel sugeriu.
Charger apenas sorriu, entrou no carro novamente e acelerou com tudo. O plano não foi bem sucedido, mas serviu para deixá-los bem na entrada da casa do Crioulo. Taís se aproximou do local incendiado e Bomber desceu para ajudar Charger e Joel.
— Não saiu como eu imaginava. – Joel reclamou ao sair do carro.
— Temos outras coisas com que nos preocupar agora. – Bomber disse alertando-os para os homens que atiravam neles.
Apesar de estarem no portão de entrada, havia muitos inimigos. Só eles três não conseguiriam passar por todos. Nesse momento, os carros de Polaco entraram na rua e encostaram próximo ao grupo de ladrões. Rapidamente, os homens do traficante loiro diminuíram a diferença e Joel e seus amigos puderam entrar na casa. Indo direto ao sinal que o localizador do GPS do celular de Facada apontava, eles encontraram apenas o aparelho e as facas do rapaz. Após uma rápida vasculhada, concluíram que nem ele ou Crioulo se encontravam na casa.
— O Facada não está aqui. – Joel avisou Polaco quando se esbarraram na porta.
— E nem o Crioulo. Eu notei. Não seria tão fácil se ele estivesse aqui. – o traficante observou.
— Polaco, tem um carro vindo. Parece ser o Crioulo. – disse um dos homens do traficante loiro que estava na barricada de carros queimados.
— Faça-o explodir! – Polaco mandou.
— Espere, o Facada pode estar com ele. – Joel gritou, mas os tiros já haviam sido dados e uma grande explosão se fez na rua. 

sábado, 20 de outubro de 2012

Já se sentiu azarado?

Você pode fazer tudo certo e direito, mas terá um momento em sua vida que algo dará errado e não haverá nada que você possa fazer. Agora, imagina se você não faz tudo certo e direito. Talvez achar a origem do problema não seja o melhor caminho para sua solução, mas ajuda um pouco. Alguns podem dizer que é fácil culpa o azar. E eu concordo, porém existem situações em que a sequência de eventos não nos deixa outra explicação.


Ficar nervoso, revoltado, sentir raiva e ódio, são sintomas totalmente aceitáveis, mas depois que o leite derramou, só nos resta limpar o chão. Quando não se tem controle sobre os acontecimentos, é preciso estar  pronto para o que vier, pois a pior coisa do mundo é planejar algo dependendo das decisões de terceiros. Nessas horas, eu gostaria de ter o controle remoto do filme Click, mas eu sei o que aconteceu com o Adam Sandler no final.  Então, vou exercitar minha paciência de Jó e de Gandhi e esperar essa maré passar.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Por que não senhorito?

Senhoritas e senhores(?)! Por que não senhorito? A denominação formal para as mulheres jovens e/ou solteiras é senhorita, mas os homens são sempre senhores. Será que acharam que ia ficar estranho? Realmente ia, mas há tanta coisa estranha em nosso idioma que esse não seria tanto assim.


Quer dizer que os homens jovens solteiros são chamados de senhor? Alguns até gostam, diz-se que impõe respeito. Será? E, assim como jovens casados são senhores de família, também as solteiras mais velhas são senhoritas. Não importa a idade da mulher, se for solteira e quiser, pode muito bem ser chamada de senhorita. Já o homem pode ter 18 ou 50, ser casado ou solteiro, sempre será um senhor para a sociedade.

É claro que sempre pode-se chamar de rapaz e moça, mas para que usar moça se temos senhorita, e para que usar rapaz se temos... opa, espera, não tem pronome masculino equivalente à senhorita. É, fica rapaz mesmo. Ou senhor. Ou, por que não, Senhor Rapaz?


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Comando Épsilon T01C06


SEMEANDO A DISCÓRDIA

Li abriu os olhos e viu que já era noite. Verificou o GPS e percebeu que todos os outros estavam parados. Concluiu que resolveram descansar e agir pela manhã. Ele olhou para baixo e, como não havia nenhuma movimentação por parte do grupo de Deusa, se deu ao luxo de voltar a dormir.
O primeiro raio de sol o despertou mais uma vez. E bem a tempo de notar seus alvos levantando acampamento e seguindo seu caminho em direção ao norte. Li confirmou a posição do Cabo Maki e chamou-o pelo comunicador.
— Maki, está me ouvindo? É o Li. – o soldado chamou mas não recebeu resposta. – Maki, acorda, seu baka. – Li disse supondo que o colega estivesse dormindo.
— O que? Quando? Onde? Li, é você? Cadê você? – o Cabo respondeu enquanto acordava.
— É claro que sou eu, seu baka. Quem mais te chama de baka, seu baka? – o Soldado lembrou.
— Ah, é mesmo. – Maki concordou.
— Presta atenção, na sua direção, está indo um grupo de criminosas. Elas querem descobrir quem está com os sobreviventes, as armas e o material radioativo. Diga-me, o grupo que está vigiando possui algum desses? – Li disse e perguntou.
— Como sabe que estou vigiando um grupo? – o Cabo ficou intrigado.
— Eu também sei que o líder dele é o Quebra-Ossos e ele domina a região da Praia Oeste. Agora responde! – o Soldado exigiu.
— Puxa, asiáticos são mesmo mais inteligentes. – Maki observou. – Eles não têm nada. Aliás, nem sabem de nada. Parece que o informante deles chegou depois que saímos de lá.
— Então é bem provável que esteja na região que o Capitão foi. Precisamos impedir que esses grupos se juntem. Mesmo desarmados, muitos deles podem ser um problema. – Li comentou.
— Alguma ideia? – o atirador perguntou.
— Sim. Quando eu avisar, você atira em algum ponto do acampamento do Quebra-Ossos. Mas não acerte ninguém. Isso vai fazer com que os dois grupos pensem que o outro está com as armas. E enquanto eles se enfrentam, nós vamos ajudar o Capitão. – o Soldado explicou.
— Certo. – Maki concordou.
Ao sinal de Li, o atirador acertou um ponto vazio no acampamento do perigoso homicida. O barulho assustou a todos. Deusa e seu grupo aumentaram a velocidade do passo. O líder do grupo da Praia Oeste chamou três companheiros e foi investigar a fonte do barulho na floresta.


— Quem vem aí? – Quebra-Ossos perguntou com sua voz grave e imponente, ao ouvir passos.
— Oxe, meu nego, sou eu. Sua Deusa do Agreste! – a morena de cabelos encaracolados disse, enquanto Li se juntava com Maki a um galho de distância.
— Por que atirou em mim, Deusa? Está querendo morrer, preta? – ele também era moreno de cabelos encaracolados e compridos, com os dois meses que já estava na ilha, eles já atingiam a cintura. Ele conseguiu um graveto para prendê-lo e impedir as pontas de caírem em seu rosto.
— Oxente, foi você que atirou. Eu ouvi o barulho e vim correndo para cá. Veja, estou até suada. – Deusa mostrou uma parte úmida camiseta.
— Bem típico de nordestina, suam tão fácil. – falou uma mulher do grupo do alto e musculoso homem.
— Quem é essa, meu nego? – Deusa perguntou para o homicida.
— Apresentações depois, onde estão as armas, Deusa? Você está bem no local de onde veio o tiro. Não tente me enganar. – Quebra-Ossos ameaçou a morena.
Nesse momento, Li fez sinal para Maki para saírem dali. O atirador pulou para o próximo galho, mas quando o Soldado o fez, seu galho partiu e ele caiu. No chão, Li viu o colega parar por sua causa e olhá-lo. O soldado fez sinal para ele ir só e se levantou. Além de todo o barulho da queda, Li estava bem no campo de visão dos criminosos. O plano de fazer os dois grupos se anularem havia ido por água abaixo.
— Ora, ora, o que temos aqui? – a morena magra do grupo de Quebra-Ossos notou.
— Olhe, ele tem uma arma. Foi ele quem atirou. – Deusa reparou.
— É um soldado, deve ter vindo por causa do avião. Explique-se rapaz. – o musculoso homicida exigiu.
— Desculpe, não sou muito bom com palavras. – Li disse, empunhou sua espada e sorriu. – Venham!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Conspiração Temporal T01C06


DR. CINTRA

Através de acesso remoto, o Dr. Cintra possuía controle sobre todos os eletrônicos de sua casa, por isso só foi preciso que Nanda e Jéssica lhe mandassem outra mensagem para ele abrir o portão da casa e da garagem para elas entrarem.
— Olha, o Dr. Cintra respondeu. Parece que ele deixou um bilhete na sala para lermos. – Jéssica avisou.
Assim que estacionaram e a porta da garagem se fechou, elas deixaram o carro e entraram na casa, sendo o primeiro cômodo, a sala. Na mesa de centro, encontrava-se o bilhete, que dizia:
“Olá, minhas queridas! Tudo bem com vocês? Se estão lendo esse bilhete então correu tudo conforme o planejado. Eu só poderei ir para casa no domingo, mas quero que sintam-se em casa. Abasteci a geladeira e os armários, e arrumei seus quartos. Só peço para que não saiam para o caso de alguém ainda estar vigiando. Tenho certeza de que conseguirão se entreter aí dentro. Cuidem-se e até domingo. Beijos! Dr. Cintra!”
— Bom, parece que só nos resta relaxar e esperar até domingo. – a loira disse.
— Sim! Ótima ideia. Vamos ver nossos quartos! – Jéssica disse.
— Espera! Vamos pegar as coisas no carro, primeiro. – Nanda lembrou.
Elas pegaram seus pertences que estavam no veículo e foram conhecer melhor a casa. No andar de baixo, havia uma ampla sala, um escritório, a cozinha e uma lavanderia. Em cima, havia dois quartos, uma suíte e um banheiro. Após encontrar e escolher seus quartos, as duas amigas ajeitaram suas coisas e dormiram um sono pesado e tranquilo durante a tarde toda.
Era sexta-feira quando chegaram. Aproveitaram o sábado para limpar suas armas e lavar suas roupas. Assistiram TV e comeram sempre que tiveram vontade. A noite chegou e elas não perderam tempo em ir para suas camas. Não sabiam quando teriam camas tão confortáveis quanto as que estavam.


Às sete da manhã do domingo, o Dr. Cintra abriu o portão manualmente e entrou da maneira mais silenciosa possível. Ao fechar a porta da sala e notar que o silêncio se manteve, ele se aliviou e seguiu até a cozinha. Seu objetivo era preparar o café da manhã e acordar as garotas depois.
A cama estava tão aconchegante que afetou os sentidos de Nanda, mas graças ao vazio matinal de seu estômago, seu olfato a acordou. O aroma de ovos mexidos e suco de laranja se espalhou e impregnou todo o andar superior. A loira pegou sua arma, colocou um roupão e desceu as escadas silenciosamente.
— Parado! – ela disse apontando a arma para o homem que estava atrás da porta da geladeira. – Saia devagar com as mãos para cima. – ela mandou.
— Geléia de morango ainda sua preferida, não é? – o doutor com as mãos para cima e o pote de geléia em uma delas.
— Dr. Cintra! – ela gritou, pôs a arma num balcão e correu para abraçar o cientista.
— Oh, Nanda! Que saudades! – ele disse ao se separarem. – Vá acordar a Jéssica, avisa que o café está pronto e enquanto comemos, colocamos o papo em dia.
— Ta. – ela concordou com um sorriso e subiu correndo.
Logo, as duas desceram e, com um abraço apertado, a morena cumprimentou o velho doutor. Os três se sentaram e começaram a comer.
— Bom, meninas, acho que chegou o momento de dizer para vocês por que as chamei aqui. – ele disse e elas o encararam seriamente.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Motoqueiro das Trevas T01C06


ARMADILHA

Com a rotina do Motoqueiro, Ian não estava conseguindo chegar no horário de sempre no escritório. Carol percebeu isso e, quando teve um tempo livre foi falar com o amigo, sócio e ex-namorado, que estava na copa.
— Notei que seu rendimento caiu bastante nos últimos dias, isso sem falar que tem chegado mais tarde todo dia. – ela observou. – O que está acontecendo, Ian?
— Ah, bom dia, Carol. – ele a cumprimentou antes de responder. – Eu não sei, tenho me sentido cansado e tenho tido insônias terríveis. – ele disse. – De qualquer maneira, não está tendo nenhum problema com as finanças do escritório, então está tudo tranquilo. – Ian disse, pegou seu café, deu um selinho em Carol e foi para sua sala.
Sem perceber, o rapaz fez algo que costumava quando namorava sua atual sócia. Ele preferiu não voltar para se explicar ou se desculpar. Já há algum tempo, Ian vinha pensando em Carol e em tentar retomar sua relação com ela, mas imaginou que seria difícil conciliar o amor com a vida do Motoqueiro.
— O que acabou de acontecer? – Carol se perguntou e tocou os lábios com os dedos, assim que Ian deixou a copa.
Em sua sala, o jovem advogado ligou o computador e acessou um site de notícias. Logo, ele se ateve na matéria mais chamativa que dizia: “O homem que sequestrou e matou a filha de um empresário há 5 anos é libertado por bom comportamento”.
— BOM COMPORTAMENTO? Bom comportamento? – Ian repetiu com muita raiva e já começou a procurar os dados do processo, para descobrir o antigo endereço do criminoso.
Ele, então, percebeu que não haveria como o criminoso voltar para a casa em que morava depois de tanto tempo. Procurou e encontrou o endereço da mãe dele. Ian se acalmou e esfriou a cabeça, chamou o seu primeiro cliente do dia e tentou relaxar, pois à noite, teria que entrar em ação.


As horas passaram e logo Ian estava vestido de Motoqueiro e equipado para cumprir sua missão. Ele foi a toda com sua moto, fazendo barulho por onde passava. Seu destino era um bairro do subúrbio com ruas estreitas e tranquilas. Como normalmente faz, ele estacionou a moto em frente da casa e seguiu para dentro. Por algum motivo, esqueceu de tirar o capacete.
Os cômodos frontais estavam todos escuros. Ian imaginou que deveriam estar na cozinha. Ao tentar abrir a porta, notou que estava destrancada e começou a sentir que algo estava errado. Entrou na casa, deu dois passos e um abajur se acendeu, revelando um homem, de terno marrom, sentado em uma poltrona.
— O Motoqueiro das Trevas! Finalmente o encontrei. Você é uma pessoa muito evasiva, sabia? – nesse momento, várias viaturas da polícia surgiram na rua cercando a saída da casa. – Oh, que falta de educação a minha. Eu sou o Delegado Biaco. E você está preso por assassinato em série. – o oficial disse e se levantou.
Ian olhou para fora e para os fundos da casa. Ele estava cercado, isso era um fato, mas ele não poderia e não iria se entregar tão facilmente. Nos segundos que se seguiram, ele precisou pensar rápido. Biaco se aproximava com as algemas na mão. O Motoqueiro ficou de costas para o delegado e então, ele teve a ideia.
— Você tem o direito de ficar calado... – Biaco ia pegar nos punhos do vigilante noturno, quando este girou rapidamente e deu um chute no primeiro.
Rapidamente, Ian pegou uma granada que sempre levava consigo e a jogou do lado das viaturas que se encontravam à esquerda da casa. Assim que ela explodiu, ele correu em direção à moto, desviando-se dos tiros dos policiais, mas inevitavelmente sendo atingido por um ou outro.
Antes que os policiais entendessem que seu objetivo era a moto, ele a montou e saiu pela direita da rua. Os oficiais entraram em seus veículos em seguida. Ao se aliviar por estar em sua moto, Ian se viu diante de outro obstáculo. Duas viaturas bloqueavam a saída da rua, mas deixavam a passagem da calçada livre. O Motoqueiro escolheu a da esquerda e acelerou.
Mesmo sob a mira dos tiros, ele conseguiu alcançar o ponto que queria, entretanto quando sua moto atravessava, uma corrente se ergueu, fazendo o veículo empinar para frente e arremessar seu motorista. Graças ao seu treinamento no exército, Ian conseguiu se arrumar durante seu “voo” e rolou ao cair. Sem ter como voltar para pegar a moto, ele começou a correr, mas um detetive apareceu em sua frente apontando-lhe uma arma de choque.
— Sério? Você acha que com essa arma vai conseguir me parar? – Ian zombou.
— Sim, exatamente. – Vidal respondeu e, antes que seu adversário pudesse fazer algo mais, atirou no pescoço do Motoqueiro.
“Derrotado por um choque no único ponto nu de meu corpo. Que ironia! Depois de tudo por que passei.” Ian pensou e sorriu enquanto caía no chão.
 — Ele está sorrindo? Que tipo de pessoa sorri depois de ser atingido e preso? – Vidal falou ao ver a expressão de seu algoz.